Após a conquista da Copa do Brasil, em Belo Horizonte, no último domingo, o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, comentou pela primeira vez sobre a investigação da Polícia Federal, na qual é suspeito de ter recebido cartões amarelos para beneficiar apostadores.
Bruno Henrique declarou que é inocente e disse esperar que sua inocência seja provada.
– Sim, sou inocente. Recebi essa operação de uma forma agressiva. Não esperava que fosse da maneira como aconteceu, mas acredito na justiça de Deus, que conhece minha trajetória desde o início da minha carreira no futebol. Deus sempre esteve comigo. Estou tranquilo em relação a isso. Peço apenas que a justiça seja feita e que possamos separar o que é fora de campo do que acontece dentro de campo – afirmou ele em entrevista ao programa Troca de Passes, do Sportv.
Durante uma transmissão ao vivo do ge, Bruno Henrique também revelou que está contando com o apoio de uma psicóloga para manter o foco em seu trabalho, apesar das dificuldades fora de campo. Na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, no domingo, o atacante deu o passe para o gol de Plata.
– Muitos não sabem, mas o trabalho mental é fundamental. Conto com uma pessoa que tem me ajudado muito, a Flávia, que sempre esteve ao meu lado em momentos bons e difíceis. Ela tem me ajudado a entender mais sobre mim. Sou uma pessoa um pouco difícil de compreender, mas, com esse trabalho, consegui separar melhor as questões externas para que não interfiram em campo. Não é fácil, mas, graças a esse suporte diário, estou conseguindo dar o meu melhor e focar no que temos que fazer – explicou o jogador.
Bruno Henrique é alvo de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro, que investigam suspeitas de manipulação no Campeonato Brasileiro. A apuração envolve a possibilidade de ele ter tomado cartões amarelos na partida entre Flamengo e Santos, em 1º de novembro de 2023, para favorecer apostadores.
Na última terça-feira, mais de 50 policiais federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, sem mandados de prisão, em locais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).
Entre os locais investigados no Rio de Janeiro estavam o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, e a residência de Bruno Henrique na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na casa do jogador, os agentes apreenderam apenas seu celular. Além do atacante, familiares de Bruno Henrique também são alvos da investigação.