Após o empate por 0 a 0 diante do Fortaleza na Arena Castelão, nesta terça-feira, Filipe Luís foi questionado sobre o fato de o Flamengo não chegar às últimas rodadas do Brasileiro brigando pelo título nos últimos anos. O técnico lamentou a situação, mas reiterou que o campeonato nacional seguirá como sua principal prioridade enquanto estiver à frente da equipe:
– Enquanto eu estiver aqui, o Brasileiro sempre será prioridade absoluta. É o campeonato mais difícil de conquistar, pois exige regularidade ao longo de uma temporada marcada por momentos complicados, como Data Fifa e viagens. Tive grande prazer em conquistá-lo como jogador e levo isso comigo. Me incluo na responsabilidade de não estarmos disputando agora. Não acompanho tanto a tabela, mas sei que jogos contra equipes como Fortaleza, Palmeiras e Botafogo, especialmente fora de casa, são os mais complicados. No entanto, os pontos decisivos vêm de confrontos em casa contra equipes que lutam contra o rebaixamento. Regularidade nesses jogos é o que define o campeão – afirmou.
O Flamengo tem mais três jogos a disputar no Brasileirão: contra Internacional, Criciúma e Vitória. Já garantido na Libertadores de 2025, o time entra em campo sem objetivos maiores no campeonato, mas Filipe Luís reforçou a necessidade de manter seriedade, ecoando declarações de Léo Pereira:
– Como explicar para o torcedor? Vencendo o próximo jogo. É nisso que me concentro: no próximo desafio. Em 2019 e 2020, conquistamos o Brasileiro, mas nos outros anos, os adversários também competem e às vezes têm um desempenho superior. Passamos por momentos ruins e, quando isso acontece, é difícil recuperar. Enquanto estiver aqui, esse continuará sendo o campeonato mais especial.
Estratégia ofensiva contra o Fortaleza
Filipe Luís explicou a formação ofensiva utilizada no confronto, destacando as dificuldades de enfrentar o adversário em casa:
– Hoje a estratégia foi clara: jogar para frente. O Fortaleza não perdeu em casa durante todo o ano e é muito bem estruturado defensivamente. Apostei em jogadores como Plata, que está em excelente fase, e usei Gerson em uma função mais ofensiva, explorando os espaços onde acreditávamos que poderíamos incomodá-los. Apesar do esforço, não conseguimos a vitória, mas levamos um ponto para o Rio.
Frustração com o empate
Apesar de não conquistar a vitória, Filipe Luís ressaltou que jamais comemorará um empate:
– Nunca vou comemorar empate. Jogamos para vencer em qualquer circunstância, e hoje saímos com a sensação de que poderíamos ter conseguido os três pontos. Ainda assim, o foco agora é no próximo desafio.
Olhar para o futuro
Ao ser questionado sobre a próxima temporada, o técnico destacou que sua prioridade é o próximo jogo e reforçou o compromisso com o elenco:
– Não penso no próximo ano agora. Meu foco é no Internacional, adversário que vem de 15 jogos sem perder. Motivar os jogadores é fácil, eles vestem a camisa do Flamengo, o que já é motivo suficiente para se dedicarem ao máximo.”
Críticas à arbitragem
Filipe Luís não poupou palavras ao avaliar a arbitragem de Anderson Daronco:
– A arbitragem hoje me lembrou o Brasileiro dos anos 1990, com muitas faltas desnecessárias. Isso interrompe o ritmo do jogo e prejudica tanto os atletas quanto os espectadores. Sobre o pênalti anulado, se houve dúvida no VAR, a decisão de campo deveria ter prevalecido. Isso é básico.
Calendário cheio, mas sem reclamações
Sobre a agenda apertada, o técnico destacou que ela é reflexo do sucesso do clube:
– Ter um calendário cheio é um privilégio. Isso significa que estamos competindo em todas as frentes: Libertadores, Copa do Brasil, Brasileiro, Mundial… Quanto mais jogos, mais os jogadores evoluem. Não dá para ganhar tudo, mas vamos sempre tentar.
Respeito à camisa do Flamengo
Para Filipe Luís, vestir a camisa do Flamengo exige o máximo empenho, independentemente das circunstâncias:
– Não existe cumprir tabela com a camisa do Flamengo. Nossa torcida é a mais exigente, e eles estão certos. Jogar no Maracanã é uma responsabilidade, e vamos dar o nosso melhor. No próximo ano, entraremos para brigar por títulos até o fim.
