Nova diretoria assume com o desafio de ampliar número de sócios-torcedores e reverter queda no ranking nacional

Clube caiu duas posições nos últimos cinco meses, segundo levantamento; Bap, que já comandou o programa de sócios, terá a missão de reestruturá-lo

Nação Rubro-Negra lotando o Maracanã em 2024
Nação Rubro-Negra lotando o Maracanã em 2024

Nos últimos cinco meses, o Flamengo registrou uma redução no número de sócios-torcedores ativos, caindo do 5º para o 7º lugar no ranking nacional de clubes das Séries A e B com mais associados adimplentes. De acordo com o Espião Estatístico do ge, o Rubro-Negro contava com 80 mil sócios no início de julho, mas esse número caiu para 77,5 mil até o dia 13 de dezembro.

Confira o ranking atualizado de sócios adimplentes:

– Palmeiras: 197.327
– Atlético-MG: 113.169
– Internacional: 107.265
– Grêmio: 98.153
– Cruzeiro: 81.004
– Botafogo: 80.977
– Flamengo: 77.577
– Bahia: 75.000
– Vasco: 62.153
– São Paulo: 57.106

Embora o total de sócios do Flamengo ultrapasse 300 mil, apenas 25% dos associados estão com seus planos ativos. Reverter esse quadro será uma das prioridades da nova diretoria. O presidente eleito, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, tomará posse na próxima quarta-feira, assumindo a gestão oficialmente a partir de 1º de janeiro.

Bap, que já foi vice-presidente de marketing do Flamengo durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello, foi uma peça-chave na implementação do programa de sócios. Ele ficou conhecido por adotar políticas de ingressos mais caros para estimular os torcedores a se associarem ao clube.

Segundo especialistas, três fatores são cruciais para a sustentabilidade de um programa de sócios: o número de associados, o ticket médio e a taxa de inadimplência. Conforme apontado por Rodrigo Capelo, especialista em finanças do futebol, o Flamengo enfrenta dificuldades devido ao ticket médio elevado, que acaba limitando a adesão de um público mais amplo.

– O Flamengo tem um ticket médio mais alto, o que faz com que o número de sócios não seja tão expressivo quanto poderia. Isso impacta diretamente na quantidade de adesões, destacou Capelo.

A queda no ranking de sócios contrasta com a liderança do Flamengo entre as maiores torcidas do Brasil. De acordo com a última pesquisa Datafolha, 19% dos torcedores brasileiros apoiam o Rubro-Negro, enquanto o Corinthians, segundo colocado, tem 14% da preferência.

A nova diretoria acredita que há espaço para melhorar tanto a posição no ranking quanto a arrecadação do programa de sócios, que é uma importante fonte de receita para o clube. Além disso, esses recursos serão fundamentais para outro grande projeto: a construção do novo estádio do Flamengo.

O terreno do Gasômetro, já adquirido pelo clube, será a base para o estádio, que tem custo estimado em R$ 2 bilhões e previsão de conclusão para novembro de 2029. Reestruturar o programa de sócios e alavancar receitas serão passos essenciais para viabilizar essa ambiciosa iniciativa.

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